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segunda-feira, abril 16, 2007

Ó pátria amada, idolatrada, salve, salve!!!

Tapioca, cuscuz, carne de sol, arroz de leite, rubacão... forró, cerveja na praia, muito sol na cabeça... redinha na varanda, água de coco, sombra e água fresca... ah... como é bom voltar pra casa!
Um dia, em uma conferência na universidade, uma professora espanhola que vivia na Alemanha contou que somente passou a escutar flamenco depois que saiu do seu país. Eu, como boa nordestina, com certeza, em mais dois meses fora aprenderia sozinha a dançar forró...
Os brasileiros que conheci além-mar (ao revés) são os mais brasileiros que já tinha convivido. E me impressiona como adotam a nossa bandeira como parte de suas vidas. O verde e amarelo é tatuado, pintado, pendurado, vestido, costurado, amarrado, absorvido por nossos compatriotas como um amigo íntimo, um conselheiro.
Algumas vezes cheguei a pensar que aquilo poderia ser um desrespeito. Mas ao final entendi que temos uma maneira menos formal (ou menos européia) de relacionamento com nossos símbolos. Sentar na areia em cima da bandeira não quer dizer que estamos c... e andando pelo país. Muito pelo contrário.
É o famoso ‘orgulho de ser brasileiro’ que tanto falam e eu ainda não conhecia... Um amigo sempre me questionava porque nós brasileiros viajamos e falamos tanto de casa, como se nunca tivéssemos saído de lá (ou, no meu caso, de cá)... ele dizia sempre que em lugar de conhecer novas coisas, fazíamos com que eles conhecessem o nosso... no momento fiquei sem resposta, mas com o tempo pude perceber que é porque temos muito que levar, e é impossível não falar sobre a terra onde ‘as árvores sempre têm folhas’.
Acho que é isso. Sempre que saímos de casa, nos tornamos típicos.

3 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Minha rainha, numa dimensão infinitamente menor, tenho sentido este "amor a minha terra".
Tento, a cada dia fazer daqui a "minha terra", pois não estou aqui de passagem, né?
Acredita que só aqui, depois de ser inquerido pelo Carlos é que fui pesquisar a história da bandeira NEGO? (As aulas de OSPB tinham sido esquecidas)

Fico muito feliz por tuas incursões internas e externas terem te despertado para tais descobertas. De minha parte, não está sendo diferente.

Mil beijos e seja MUITO-BEM-VINDA!!!

9:44 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Aqui, só num lugar encontramos fubá (Vitamillho) pra vender.

Carne de sol? aiai

Rubacão? aiaiai

Bem, a rede na varanda, estamos tratando de resolver. (rsrs)
Compramos os armadores, so falta a rede. (rsrs)

9:45 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Eu, de minha parte, tenho orgulho de minha terra, de forma diferente do de vocês dois, pois nunca sai de meu cantinho. Gosto de forró, mesmo o "forró eletrônico", em alguns casos, aprecio, a depender de muita coisa - não é só porque é forró que eu gosto. Tenho verdadeira paixão por forró pé-de-serra, admirador de Luiz Gonzaga sou. Mas é interessante tudo o que Silvia falou e sentiu quando longe daqui. Imagino como deva ser esse sentimento.

6:52 PM  

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