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Local: Paraíba/Rio de Janeiro, Brazil

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Fogos Sim Fogos Não


Meu primeiro Reveillon aqui no Rio, não poderia ser diferente, fomos ver a queima de fogos em Copacabana. Saímos de casa já depois das nove e enfrentamos uma fila imeeeensa para entrar no metrô, sim porque ir de carro é impossível. Porém, nada que desanimasse minha vontade de ver a tão famosa festa carioca.
Quando chegamos, a areia tava quase vazia, deu pra fazer minhas preces, agradecimentos (muitos) e pedidos (nem tantos) com meus pés sendo banhados pelos gelados cabelos de Janaína-Iemanjá. Gosto deste ritual, gosto dos rituais, das expressões e meios que a diversidade humana encontrou, ao longo do tempo, para se comunicar com o Sagrado. Não pulei sete ondinhas etc e tal, isso já virou midiático demais pro meu gosto.
Não foi desmerecida tanta euforia. O show pirotécnico foi simplesmente lindo. Ficamos quase em frente ao Copacabana Palace, o que nos permitiu apreciar a condensação social brasileira, pois, enquanto uns jantavam no famoso hotel, outros comiam o tradicional podrão (é como eles chamam o cachorro-quente de rua, aqui). Tava um chuvinha fina, que lavava as mazelas do ano que findava, mas tivemos que colocar capa de chuva – coisa bem incomum pra mim.
Segundo os comentários dos jornais, Copacabana estava mais vazia este ano. Não havia show de artistas famosos, então muitos preferiram ir para Ipanema ver o show do Black Eyed Peãs. Detalhe: Ipanema tem a faixa de areia e a avenida bem mais estreita que Copacabana mais reuniu, no aperto, mais de 1,5 milhões de pessoas. Muitos passaram a virada em Copa e depois caminharam até Ipanema, imagina! Houve muita gente passando mal... Não fomos! O novo ano novo foi brindado tranquilamente em casa.
Por fim, a festa de reveillon na orla do Rio ajudou a amenizar a tensão dos atentados praticados por traficantes, em vários bairros da cidade, nos dias que antecederam a festa. De qualquer modo, vi o belo show dos fogos de artifício, coisa impossível se estivesse em João Pessoa, com o criminoso desaparecimento dos fogos de lá.
Em tempo: Hoje senti na pele que não estou mais em Jampa mesmo. Fui à rodoviária, pegar uma encomenda, enviada por minha mãe, pensando eu que, assim como na minha terra, qualquer ônibus igual ao que eu fui eu poderia voltar. Que nada, fui parar na famosa, perigosa e nada charmosa Linha Amarela, depois ainda passei por dois túneis... Ufa! Enfim, consegui voltar e chegar em casa.
Beijo no coração!

3 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

leo
se no Rio... os fogos sao fantasticos... aqui em valencia a tradiçao é antiga e gira em torno disso... -a europa conhece valencia pelas paellas e pelas fallas... mas, infelizmente, roubaram
o espetaculo da gente. Acho que o destino quis que fizessemos o coro dos decontentes juntos com os Pessoenses.
na hora de irmos ver os fogos... o onibus nao veio... os taxis nao andavam e nós ficamos numa encruzilhada entre duas avenidas sem uma penosa, com champanhe na mao.. olhando uns pros otros.
Acabamos voltando pro apartamento duns amigos brasileiros pra curtir o champanhe numa lage de noite enluada.

2:43 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Ah, Roncalli, mas o que vale mesmo é estar, em momentos de confraternização como estes, ao lado de quem amamos e sabemos querer nosso melhor. E tenho certeza que rolou isso mesmo.
Abraço, meu querido.

9:10 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Léo, quanto aos rituais, tem o seguinte: eu respeito muito, sei da importancia deles, mas como são extremamente pessoais (o que vale pra voce talvez não valha pra mim), na verdade, cientificamente, não representam nada, a não ser para a propria pessoa, ou seja, é um artifício da mente para marcar as passagens por que passamos na vida.
heheheh!! que definição mais científica, não?

11:09 PM  

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