TRANSITAR

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segunda-feira, julho 17, 2006

asdfg

Estive por uns dias fora do mundo virtual... Ou melhor, estive sem tempo de me dedicar às leituras, e-mail’s e comentários em blogs. Durante esse período, tive que me contentar com rápidos comentários via orkut, e só. Por outro lado, liguei o computador todos os dias para elaborar os trabalhos de final de semestre (o mais longo da minha vida!).
Por isso, fiquei de fora das discussões sobre o texto anterior, mas o assunto não me saiu da cabeça a semana inteira, pois eu mesma estava incomodada por estar ausente, não somente pelo blog, mas simplesmente pela mania de ficar navegando por aí.
Hoje, não dá pra negar a importância da Internet. Muito menos dos computadores. Até na cidade onde mora minha avó (que é tão pequena, mas tão pequena, que nem a praça na frente da Igreja existe) o pessoal passa horas na frente do computador (que é um só, se não me engano).
Como é de práxis, computadores e impressoras sempre dão problemas quando mais precisamos. Até parece um complô. Tive alguns embates com eles essa semana, e em alguns momentos cheguei a pensar em entregar os trabalhos escritos à mão. Por acaso alguém ainda lembra de momentos assim? Tenho impressão que fazer calos nas mãos de tanto escrever está fora de moda. A onda agora é LER-dort (não é, Jô?).
Lembro que a coisa mais chique do mundo, quando ainda estava na escola, era entregar os trabalhos datilografados... (asdfg asdfg asdfg... o que será que foi feito do Instituto Padre Zé?) Uns anos depois, veio o computador, e com ele etiquetas personalizadas, faixas de “Feliz Aniversário” impressas em papel contínuo, e, heresia das heresias, as cartas pessoais digitadas!
Puxa... como era gostoso receber cartas! Eu era viciada nelas. Tanto em receber como em enviar. Eu mandava cartas até pra minha vizinha, depois que descobri que, se eu escrevesse “carta social” no verso do envelope, o custo de envio era de 0,01 centavo... Todos os meus amigos conheciam a minha letra. E me conheciam muito bem também.
Uma das minhas amigas, a mais chique de todas, já tinha computador, e me mandava cartas imensas digitadas, com cartões feitos em casa na própria impressora matricial, pelo menos duas vezes por mês. Naquele tempo, ninguém tinha computador, muito menos Internet, e ainda assim a gente se comunicava sem parar. Tenho tudo guardado em casa até hoje. E olha que já faz um bom par de anos.
Não demorou muito tempo para que todo mundo estivesse digitalizado. O problema é que agora a maioria das comunicações também é virtual, no pior sentido da palavra. Talvez por conta dos modelos sociais que seguimos tão cegamente, como Léo comentou no texto anterior.
Na internet, temos muitos amigos, novos ou antigos. O cool é ser popular. Tal e qual aquela safra de filmes americanos que passam na sessão da tarde. Não estou falando de todo mundo, mas já ouvi muita gente se sentindo o máximo porque tem mais de 200 "amigos" adicionados no orkut.
Aliás, como bem disse Léo, o orkut nos possibilitou que amigos de épocas passadas nos vejam virtualmente todos os dias, se quiserem. O problema é que nem sempre esse retorno é verdadeiro. Tem gente que me adicionou, me manda mensagens de "bom dia" toda semana, mas quando me vê por aí não fala comigo.
Já os e-mails, antes de tudo, e sobretudo, facilitam magnificamente a comunicação. Mas não têm o mesmo tom das cartas. E elas foram aposentadas por conta deles. Talvez seja saudosismo, mas não sinto a mesma coisa quando recebo um e-mail. Ainda mais quando ele não é para mim. Sabe de uma coisa? Estou cansada de receber “forward”.
Um texto escrito à mão tem o cheiro, a cor do momento em que foi escrito... Carrega muito mais sensações. Hoje ninguém mais conhece minha letra. Lembra daquela minha amiga que me mandava duas cartas por mês? Desapareceu tem quase dois meses, e não conseguimos mais nos falar. Acho que ela nem sabe meu telefone. Afinal de contas, eu também não sei o dela.

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Em tempo 1: Léo, esse texto é para você. Tenho certeza que ainda escreveremos muito um para o outro.

Em tempo 2: Falando com Roncalli, percebi que esse texto passava uma idéia de que eu tinha uma visão negativa acerca da internet. Queria dizer que não é bem assim. Afinal de contas, aqui estou eu me utilizando dela para dizer o que penso. Sei que é importante a dita "democratização" das informações. Só questiono a atitude, muitas vezes imatura, das pessoas diante de tudo que encontram no mundo virtual. Volto ao meu mantra: falta conscientização.

22 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Muito legal teu texto, complementa o papo iniciado pelo Leo.
Você fala uma coisa que já tinha lido certa vez: é muito mais fácil ser educado e polido virtualmente que no mundo real.
Tenho muito medo disso.
Tenho medo de perder a noção de resposta do mundo dos "vivos". De perder de vista o "corpo que fala", de perder toda uam gama de expressões faciais, piscadas, movimentos de braço, de cabeça, jogada de cabelos, coceirinhas, pézinho batendo no chão ansioso, etc, etc.
E me confundir num diálogo previamente pensado, palavras escolhidas, e educação de colégio interno inglês.
Tenho medo.
Abração

11:11 PM  
Anonymous Anônimo disse...

A idéia era essa, Carlos, já que eu não pude participar do bate-papo de vcs... O meu texto é uma viagem minha sobre o texto de Léo.

Sobre teu comentário:
Quando fui escrever, retirei uma palavra do texto justamente por ter medo sobre como ela poderia ser entendida: MEDO.
Eu estava pensando sobre a perda de identidade pela falta de auto-conhecimento, através da diluição do individual no meio das informações da internet. Dá mesmo para desaparecer por aqui.
Sei que é uma 'viagem' muito grande, mas um reflexo disso poderia ser justamente o que você levantou. Pra muita gente, é muito mais fácil viver virtualmente do que no dia-a-dia. Simplesmente porque na internet é mais fácil criar máscaras e nunca ser descoberto.

(em tempo: acho que as máscaras estão em todo lugar, não somente na internet. O que acontece no orkut é só um reflexo do que está acontecendo por aí)

Eu só queria era descobrir em que momento e porque a humanidade passou a achar mais interessante ser (ou parecer ser) uma massa homogênea do que aprender a lidar abertamente com as diferenças.

Um abraço!

1:09 AM  
Anonymous Anônimo disse...

O negócio é o seguinte: evolução - não no sentido de melhoramento, e sim de caminhada.
As coisas mudam, não dá pra parar as coisas, é assim que funciona. Daí vem os saudosismos (no bom sentido, não no de ser careta, apesar de que ser saudisista acaba por ser sinonimo de careta).
A geração que surgiu pro mundo tendo a internet nas mãos, que não é a minha, vai usá-la da melhor forma possível. Peguei o final da geração "cartas". Eu me correspondia com meu primo lá do interior através de cartas; também com as namoradas que lá arrumava. Mas hoje é diferente, quer queiramos quer não. Se ficarmos com MEDO disso, podemos ficar para trás no caminho da evolução (vide significado no início deste comentário).

1:41 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Existem alguns escritores que dizem não utilizar o computador. Escrevem à mão, na máquina de escrever, abominam o computador, ou por não saber lidar com ele, ou por que sua técnica de criação está muito ligada a outros processos que não o uso de computador.
Quando eu fazia arquitetura, havia um debate sobre desenhar com instrumentos ou utilizar o tal AUTOCAD (ferramenta eletrônica de desenho). Muitos professores diziam que não usavam o AUTOCAD no processo de criação, desenhavam à lápis e mandava um estagiário passar para o computador. Mas eu tinha colegas que faziam isso diretamente no computador, e seus trabalhos eram tidos como bons, tanto que o professor chegava a supor que este e não aquele trabalho teria sido criado primeiro à mão - o que na verdade não era.
Acho que são processos da marcha evolutiva. A geração que tem esta ferramenta em mãos saberá utiliza-la de alguma forma. Quanto ao resultado, haverá um, e seja qual for, será produto do homem.

1:48 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Ser romântico é uma característica da modernidade. O Romantismo, não no sentido de apaixonado, ainda está muito presente na personalidade do homem moderno. Todos nós exaltamos o passado com o velhor jargão "ah!como era bom". Só que acontece de sempre filtrarmos o passado, esquecendo das coisas ruins que nele ocorreram.
Verdade é que a carta pessoal, escrita à mão, se não morreu, está agonizando. Também sinto o que Silvia sente, mas é a marcha da história. No entanto, isso não impede que vez ou outra escrevamos uma carta a punho. Mas não podemos desprezar esta nova ferramenta. Entendi o que Silvia quis dizer, o texto não se trata de uma apologiao à velha "carta", e sim de uma constatação.

10:20 AM  
Anonymous Anônimo disse...

aiai
estamos tão saudosistas!!!
Em tempo: ainda tenho uma amiga com a qual so me comunico por carta escrita.
Não sei se ela me conhece mais por esse motivo. Acho que mesmo através de caractéres frios de um micro podemos transmitir todo o calor de nossos sentimentos.
Pra isso (também) serve o trabalho com a palavra, tão querida por todos nós, não?!
Talvez o problema não seja o suporte do texto (papel, tela...), mas o que estamos expressando neles.
não sei!

PS: registro meu imenso prazer o texto da rainha, demonstra sua leitura do texto anterior.(kkk)

5:42 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Carlos, "o cérebro eletrônico faz tudo, faz quase tudo", mas "so eu posso (por enquanto hehe) pensar se Deus existe, só eu posso chorar quando estou triste", lembra?
A canção do Gilberto Gil talvez seja um consolo.
hehe

5:49 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Acho que o ponto principal que faz a diferença com relação ao texto escrito à mão e os por meio do computador é a velocidade.
Não digo que, por conta de conhecer minha letra, os meus amigos me conheciam melhor. Mas eu me dedicava mais tempo a elaborar o que queria dizer a eles. Isso também pode ser feito por aqui, mas não é o comum.
Não sei desde quando a Amizade se tornou também algo para consumo.
É a marcha evolutiva. E não dá para valorar se é para melhor ou pior.
Mas...

8:49 AM  
Anonymous Anônimo disse...

...sinto falta do cheiro, do abraço, e até dos olhares feios um pro outro em momentos de discussão.
Acho que estou ficando velha.

PS. Léo, postar esse texto foi uma tentativa de me redimir contigo... hehe

8:53 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Com relação ao uso do computador...
O MEDO, Jânsen, que tanto eu como o Carlos falamos (posso falar por vc, Carlos?), é de que de tanto usar o computador para se comunicar, a gente não saiba mais como estar com outras pessoas.
Não é um medo que faz vetar o curso das coisas, mas de não saber dosar e ver as diferenças.

9:00 AM  
Anonymous Anônimo disse...

É, de fato, entendi. Isso acontece comigo. Mas imagine uma geração na qual isso é tão natural quanto as conversas "face a face"? Para eles, o meio mais usual de se comunicar será o computador, por isso não lhes será estranho. Para nós, que vivemos um pouco isso, é quase um absurdo.
Compreendi agora melhor o que se queria dizer com MEDO.

Em tempo: Pois podem ter medo, que acho que é isso que vai acontecer.

9:18 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Jânsen,
Então não estamos somente passando por um processo de entrada de novos meios de comunicação, mas uma reformulação do que seria o "humano".
Isso é muito sério!

9:31 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Vou responder aos poucos:
Silvia: tentando dar uma pista para sua pergunta, lembrei de um texto que li, tem muuuito tempo, sobre teatro e representação, que falava do fascínio do ser humano pela máscara, por ser outro, por ter um espaço onde pudesse ser totalmente diferente do que realmente é. O texto reportava até mesmo as pinturas rupestres de cavernas onde "eu" na figura de "outro" seria bravo e forte, mataria mamutes e seria belo também.
A representação sempre nos acompanhou. Acho que o mundo virtual é o coroamento de um desejo secreto que vem desde a aurora de nossa espécie.
Resta saber porque tanto descontentamento com o que realmente somos. Porque nosso eu é sempre medíocre, menor e mais feio do que o que gostaríamos que fosse?
Será a parte má daquela nossa sempre incensado característa: a eterna insatisfação? Tudo bem que ela é mãe das descobertas, invenções e a criação artística, mas...

11:01 AM  
Anonymous Anônimo disse...

hehe
Estou pensando se aceito o pedido de remissão do pecado (...)
Tá bom, aceito!
Te amo, minha rainha linda!
Hoje é dia da amizade e quero registrar aqui, nesse nosso espaço coletivo, meu sincero amor, sim, amor, pois sempre respeitamos, mesmo unidos, a indiviualidade de cada um, a singularidade dos três.
Voces, certamente, revelam minha melhor versão (pra não fugir do tema).
Carlos, te incluo nessa, cara, amigo virtual, mas singular no meu caminhar.

11:11 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Voltando ao tema: acredito na capacidade inquestionável e inexplicável, do Ser Humano, em adaptar-se às inúmeras eras e tempos.
Claro que me assusto com esses lances de "superaquecimento global", "inteligência artificial", mas creio, piamente, na nossa capacidade de sobressair e sermos "Novos e Eternos Humanos" (de uma forma ou de outra).
Não acredito em "fim dos tempos", mas nas adaptações aos momentos socio-histórico-culturais.

11:17 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Pode e deve falar Silvia. Somos a prova de que as relações virtuais não devem ser só objeto de críticas negativas ou carregadas de uma certa desconfiança ou preconceito.
É diferente, e por isso estranho, mas é bom.
Tudo isso tem a ver com aquele papo de velocidade das transformações e a demora de nos adaptarmos às novas formas de relacionamento com pessoas, coisas e mundo.
E que já estão aí. Inevitáveis e irresistíveis.
Nossos processos são lentos e as mudanças extremamente velozes. É preciso cuidado com saudosismos, resistências inúteis, teimosias.
Pode parecer nonsense falar de medo e de não ter medo.
Mas porque também acho que não há porque adotar um antropofagia sem limites. Tudo que é novo não é necessariamente bom.
O Jansen lembrou que as novas gerações já pegam o ritmo de outro jeito, mas nós (e quem está mais atrás) ainda temos um outro "timing". Nossa percepção foi moldada sobre outra situação, sobre papel de carta e teclados de máquina de escrever.
Direto no popular: nosso buraco é mais embaixo.

11:25 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Brigadão Leo por esse coração que distribui amor pelo mundo através de um teclado. O uso da midia é que sempre fará a diferença na mensagem.
Com certeza, como já previa mestre Gil, o cérebro eletrônico fará "quase tudo".
Matrix existe. Resta sonhá-la com amor.
Nosso susto é quando as corações e cabeças começam a querer se vestir de máquinas.

11:37 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Engraçado que eu tb tenho amigos que falam comigo pelo orkut, mas quando os encontro pelos corredores da universidade parece que nem existo. estranho isso, não?
parece que as pessoas aprenderam a seperar bem "amigo virtual" de "amigo real". eu não, pra mim é tudo a mesma delícia!!!
aiai

em tempo: adoro quando abro minha caixa de e-mail e tá lá um "bom dia!", um "como está?". Sinceramente, mesmo, sinto a mesma emoção de receber uma carta. Na verdade sabemos distinguir muito bem, mensagem que tem e as que não em calor! independente do suporte.

& "chega de saudade!!!"

4:28 PM  
Anonymous Anônimo disse...

ai ai...
Amizade é muito gostoso. Talvez a melhor das relações que podemos ter. E seja qual meio que permita a comunicação, é muito bem-vindo! :)
Abraços imensos e bem apertados em cada um de vcs!

11:00 AM  
Anonymous Anônimo disse...

"Tudo que é novo não é necessariamente bom".
Concordo com você, Carlos. Nossa antropofagia tem que ser seletiva. E tem que ser antropofagia, antes de tudo. Não dá pra receber tudo sem dar um tempo para digerir (amadurecer).

Mas...
Como podemos julgar o que é bom do que não é sem experimentar? E o discurso acerca da diversidade? Como preservar as diferenças e ao mesmo tempo escolher?

A cabeça ficou cheia de perguntas, e nenhuma resposta...

...talvez a resposta seja transitar.

12:05 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Seguindo... (e aproveitando que hoje o computador tá contribuindo! hehehe)

Eu acho que os discursos sobre "diversidade", "preservação da individualidade", e "democratização das informações" poderiam ser mais explorados, ou melhor entendidos.

Acho que, no final das contas, todo mundo continua na idéia de "representação", como Carlos disse. Deixa ver se consigo explicar o que penso: hoje todo mundo tem espaço, pode ser/fazer o que quiser, pelo menos teoricamente. Mas ainda vigora a vontade de ser admirado (de onde surge a "representação"). Aí ocorre a confusão. Somos o que queremos ser, mas o que queremos é ser admirados pelos outros. E daí as máscaras e os modelos sociais.

Será?

12:17 PM  
Anonymous Anônimo disse...

São os dois lados da moeda, não é verdade?

Esse seu texto, querida Silvia, me fez lembrar de algumas coisas boas tipo: eu também cheguei a me corresponder por cartas com alguns amigos e me lembro bem da sensação que é receber uma carta. Com certeza bem diferente de receber um e-mail. E outra: você poder pegar na carta e poder ler ela em qualquer lugar faz a maior diferença. Algumas até cheiro tem. É outra coisa.

Outro lance que lembrei com esse seu texto foi o curso de datilografia que fiz! Puxa, hoje fico pensando nisso... O engraçado é que fiz o curso e não peguei o diploma, imprimiram o de todo mundo menos o meu. Depois fiquei pensando: ¨isso pode me prejudicar num futuro emprego, tenho que ir atrás do meu¨. kkkkkkkkkkk
Quanto ao lance de ser popular na internet nem se preocupe que a coisa vai ficar pior. A idiotização vem junta nessa fase em que atravessamos do mundo analógico pro digital.

3:42 PM  

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