TRANSITAR

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Local: Paraíba/Rio de Janeiro, Brazil

quinta-feira, julho 06, 2006

ORKUTANDO A VIDA


Toda semana é sempre a mesma coisa: surpreendo-me com um amigo se queixando que o Orkut dele foi invadido; outro teve o perfil clonado; outro teve as fotos copiadas; outro recebe mensagens pornográficas; (...) São tantas as reclamações!!! Há até casos de relacionamentos duradouros abalados desde o advento do Orkut!!!
Esta semana um amigo me comunicou sua saída do Orkut, outros já haviam feito isso, “Preservar a privacidade” justificam-se eles. Inquieto-me: Parece que o Homem tornou-se, ou sempre foi, vítima do seu próprio exibicionismo histórico.
Meu amigo justificou que estava numa nova fase, vivendo um novo romance e aquilo seria uma prova de amor. Enfim, não quero julgar “a forma de amar” de ninguém (quem sou eu para faze-lo?), mas fico inquieto também ao ver estes rompantes de “amor” que apenas reafirmam certas inseguranças interiores. “A evolução não dá saltos”, ouvi certa vez, e transformar-se em outro para “provar” amor não me parece lógico (se é que há lógica no amor).
Mas enfim, sucumbi à onda do “scrap lido, scrap apagado”, como uma forma de ter privacidade. Alguns amigos relutam quanto a isso e mantêm seus recados à mostra. Confesso que “chatear os imbecis”, às vezes, me cansa. E cedi!!!
No Orkut tudo parece falso – todo mundo é modelo! Artista! –, afinal estamos no campo do mundo virtual, não é mesmo? Será? Onde se encontra o limite entre o irreal e o real? Pelas minhas inquietações acima, parece que a cada dia nós estamos perdidos diante de tal pergunta. O virtual, antigamente de forma sorrateira, hoje escrachadamente, adentra nosso mundo real. Há limites entre esses dois mundos? Vivemos numa MATRIX, como sugerem os irmãos cineastas?
Lembro-me, ao pensar nesses assuntos, das máscaras sociais historicamente, e necessariamente, usadas por nós, para inserirmo-nos em cada situação cotidiana. Somos atores! Já afirmou um poema. O Orkut (e seus filhotes) parece tensionar isso ao máximo!
Jean Baudrillard, inspirador da trilogia Matrix, alerta que “tudo é efeito especial”, os significantes nunca estiveram tão perdidos e distantes de seus significados quanto no momento contemporâneo. Simulacros e Simulações (olha as máscaras novamente) governam o mundo!!! Assim, somos quem queremos ou quem podemos ser???
As questões agora parecem ser: Como podemos ser Humanos perante a ascensão incontrolável da tecnologia? Como usar o livre arbítrio, dado a nós desde o princípio de tudo, de forma “certa”?
Por trás do virtual há sempre um ser humano “real”, ou não?
Quanto a mim, fiz alguns amigos – contados nos dedos, claro! – que pularam do mundo virtual para o mundo real, sem que para isso fizéssemos qualquer força, tudo “naturalmente”. Por eles, e por mim, não pretendo deixar o Orkut, e nem me abster de brincar no mundo virtual da minha realidade enquanto “pessoa”.
Parece que os olhos do cão Argos (simbolicamente tomado aqui como parte desta engrenagem que compõe o universo virtual) observa-nos constantemente e isso nos aterroriza. Toda esse desnudamento do ser é assustador.
Madonna já gritava – anos 80/90: “Strike a pose”
Completo com o jargão: “Sorria, Você Está Sendo Filmado!!!”

37 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Talvez o orkut seja algo passageiro, tenha a sua fase, e termine, como os mirc's da vida, ou sobreposto por uma outra ferramenta do mundo virtual, ou por que se tornará chato e perigoso.
Acredito que há uma influência mútua entre as características intrinsecas do ser humano e aquilo que os meios podem dar (neste caso, o orkut, através do meio virtual). Eles acabam por se completar de uma maneira, e então as pessoas de hoje mostram-se no orkut como se mostram nas festas, como um alguém especial, diferenciado, pelo menos para si.
É assunto que colherá ótimas e calorosas discussões. Excelente tema e texto.

11:23 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Também penso nesta auto-afirmação, Jansen.
Parece meio louco, mas aparentar ser o que não se é, acalenta nossos egos, não?
a mídia usa isso a todo momento, com seus "efeitos especiais".

3:02 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Quanto a sua pergunta: somos quem queremos ou quem podemos ser??? Faço uma outra que anula as outras duas, ou soma-se a elas: somos o que os outros querem que sejamos??
Acho que o ser humano vive nesse trapézio, numa corda bamba, segurando uma vara para se equilibrar, onde, numa ponta, estão os outros e suas cobranças; e na outra (por incrível que pareça), nós mesmos...

5:42 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Em primeiro lugar, numa demonstração de profunda falta de educação, vou me referir ao Jânsen, e não ao autor do artigo.
Meu caro, sua pergunta pode ser respondida com o seguinte pensamento: "não somos de fato, somos versões". Quer uma prova rápida e dentro do próprio ambito do Orkut? Leia os depoimentos. Ou melhor (caso você tenha perfil no Orkut), peça para alguem escrever um depoimento sobre você. E depois, sozinho, trancado no seu quarto, tente se reconhecer nas palavras que irá encontrar.

9:04 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Agora falo com o autor, amigo virtual com o qual só me comunico mediado por tecnologia. Poucos meses atrás li um artigo que começava assim: "Daqui a umas duas décadas boa parte do mundo como o conhecemos terá sumido.(...) teremos apenas um vazio de objetos. Que serão substituídos por objetos virtuais, todos feitos de software."
Depois de ler esse artigo fiquei um tempo com aquela sensação de faltava o chão sob meus pés. Depois veio uma certa nostalgia de um mundo que estamos assistindo desaparecer. Aqui mesmo neste blog discutia-se a pouco o fim do romance.
Sim, o mundo como conhecemos e onde nos formamos está ficando incrivelmente velho e ultrapassado a cada segundo. Hoje quase todo material escrito já é produzido em meio digital e em pouco tempo todo esse material só estará disponível de modo virtual. Livros, papel, só em bibliotecas, que cada dia mais assumem o papel de museus da língua.
A música, o video e até as artes plásticas, cada qual em sua própria velocidade, seguem o mesmo caminho.
Saindo da arte, vemos que o dinheiro já está confortavelmente instalado nesse novo mundo. Assim como toda a nossa documentação pessoal, e sobre o mundo que nos cerca.
Em pouco tempo, objetos comuns serão substituídos por imagens. Dois exemplos que já existem: o porta-retratos digital, onde centenas de imagens mudando constantemente tomaram o lugar da foto única; e os teclados virtuais (em telas, projetados sobre superfícies, etc). Exemplos não faltam.
Mas de volta ao propósito do artigo: estaremos certos, a cada passo de virtualização de nossa realidade, de que continuará havendo o homem por trás de tudo, ou haverá apenas uma insuportável sensação de vazio e abandono. Uma solidão gelada onde as mãos não sentirão mais o calor de outras, apenas superfícies plásticas.
E as identidades virtuais? Inevitáveis num mundo de imagens e não de idéias, de sensação e não de sentimento. Há julgamento possível sobre elas? Algum juízo de valor terá sentido sobre aquilo que não se situa, que é liquefeito.
Que venham mais artigos.

10:14 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Carlos, quando vc escreveu aqui sobre identidade virtual,me fez lembrar de um amigo, que ao chegar na casa de uma colega, elogio a filha dela, pela beleza da menina, dái a mãe soltou: "vc precisa ver as fotos dela"!!!
Parece que Baudrillard, está certo mesmo. aiai
isso é assustador.

12:04 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Jansen, lendo teu comentário lembro-me do verso de Alvaro de Campos "Sou eu, eu mesmo, tal qual resultei de tudo". Esse tudo certamente passa pelo olhar estrangeiro sobre nós, como o Carlos já falou. Mas estamos vivendo de forma tão uniformizada, sempre foi assim, apesar de algumas investidas de rebelião, que Ser é sinônimo de Parecer.
Estamos sempre parecendo ser, sem ser de verdade...

12:11 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Hahahaha!
E você me lembrou aquelas pessoas que quando vêem umas flores muito bonitas falam: "Parecem de plástico, né?"
Mas isso vem de longe. Lembro de gente que falava quando via uma paisagem bonita: "Parece pintura!"
Abraços

12:19 PM  
Anonymous Anônimo disse...

e olha que, como bradou os Titãs: "as flores de plástico não morrem"

12:29 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Em primeiro lugar, Carlos Eduardo, perdoe-me minha ignorância; não entendi o que você quis dizer com "Não somos de fato, somo versões". Não entendi o que significa "ser de fato" - em nenhum momento eu falei isso.
E quanto a sermos versões, concordo, pois na verdade todo e qualquer objeto - até mesmo o ser humano - é sempre descrito segundo um ponto de vista, e por isso trata-se de uma versão.
Quanto a me reconhecer no depoimento de alguém, nele eu não posso me intrometer, por que um depoimento é uma imagem (ou uma versão) que alguém têm de mim. E cada um tem a sua versão, respeito todas, até as que me acham um perfeito chato.

5:07 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Em segundo lugar, não concordo muito quando você diz que "Livros, papel, só em bibliotecas, que cada dia mais assumem o papel de museus da língua".
Acho que o mundo virtual trouxe uma outra maneira de se fixarem as coisas, mas substituí-las por completo é outro passo, que ainda está no campo da especulação, diga-se de passagem, válida, mas que, a meu ver, não pode ainda ser tomada como verdade.
O mundo se transforma mesmo. Querer que as coisas fiquem estagnadas é um desejo absurdo, mas, por incrível que pareça, muito lógico, por que a "extinção", seja do que for, causa um certo medo, e até pânico.

5:18 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Essa história de ser o que não é, Léo, acompanha e acompanhará o homem sempre, acredito. É da propria estrutura da mente humana. Esconde-se o que se acha necessário esconder; Apresenta-se o que se acha necessário mostrar, mesmo que esse necessário não seja o que realmente é, daí os tão falados por ti Simulacros e Simulações. Somos tão produtos como qualquer outro produto, e, nos dias de hoje, estamos tão à venda quanto aqueles.
Ei, cadê Silvia que não entra no debate? heheheheh

5:25 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Jansen, parece aquela velha história: SER É TER.
ter determinada coisa, comportamento... para agradar a outrem em determinada situação.
tudo parece determinado, limitado, reduzido a um instante qualquer que foge ao nosso controle.
Quero meu livre arbítrio, ora!
as próprias religiões, que incultaram isso em nossas mentes, apenas nos limitam e nos aprisionam em dogmas estanques...
aiai

PS: Quanto a Sílvia... sei não!

8:36 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Caro Jânsen,
folgo em saber que discordamos mais que concordamos. Fico feliz pois esse é um estímulo enorme a voltar aqui mais vezes e colocar mais comentários. Toda unanimidade é burra, certo? Lembrando outra frase (a última de Casablanca): "Acho que esse é o início de uma longa amizade"

10:21 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Volte sempre, Carlos Eduardo. A intenção do blog era justamente essa, fomentar discussões. Quanto mais "aparentes discordâncias", mais se tem o que conversar.
Quanto a discordar, na verdade, vejo da seguinte forma: estamos apenas transitando por idéias diferentes... Quem sabe eu te convença a vir visitar as idéias pelas quais passo no momento... quem sabe você me convença a visitar as suas. Tudo é questão de transitar.
Um abraço

10:39 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Mas aí é que acho o seguinte: Todos exercem o poder de seu livre arbítrio. A questão é que uns o exercem mais, outros menos. Mas haverá sempre a baliza das convenções sociais, e estaremos respeitando algumas delas, por que negá-las de todo seria uma completa anarquia (a meu ver, utópica).
Em algum momento ou situação, ou por força de alguma característica própria nossa, enfrentamos as convenções sociais.
Até mesmo aqueles que parecem estar seguindo as convenções sociais por completo, assim não o fazem. Algo há neles de contestação, de livre arbítrio.
Há, em nosssa mente, um espécie de modelo padrão da sociedade capitalista, uma carapuça que colocamos em muita gente. Mas essa carapuça é, na verdade, apenas uma coletânea de características.

10:48 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Vamos tentar de outra maneira: quando você pergunta se "somos o que os outros querem que sejamos?", eu respondo - Sim!!! Total e inevitavelmente!!!
Pois como você mesmo lembra "todo e qualquer objeto - até mesmo o ser humano - é sempre descrito segundo um ponto de vista".
O problema é que não aprofundei o que estava querendo realmente ressaltar.
O "fato" existe. Real e concretamente, assim como as pedras, as baratas e os políticos. O problema é que, por uma incapacidade nossa, não conseguimos jamais alcançá-lo em sua totalidade. Precisaríamos talvez do espaço ocupado por todas as páginas já escritas até hoje para conseguir descrever com alguma precisão um simples seixo. E ainda assim - com certeza - não estariam incluídas todas as versões possíveis.
Na faculdade (fiz jornalismo) um professor nos explicou isso de uma maneira que até hoje me causa alguma aflição:
- Se formos cobrir uma batida de carro numa rua e perguntarmos o que houve a quem estava de um lado da rua, o resultado nunca baterá com o depoimento de quem estava do outro. Que também não será igual ao de quem estava dentro dos veículos, e muito menos com o de quem estava no alto dos prédios. Assim o que se espera de um jornlista consciente é colocar em sua matéria a maior quantidade possível de depoimentos para que o leitor tenha uma pálida idéia do que aconteceu.
Eu ficava aflito, pois via que estava estudando pra me tornar um profissional com uma responsabilidade enorme que jamais poderia ser cumprida, apenas poderia tentar ser o mais honesto possível.
Tem uma frase muito legal, esqueci de quem é, que diz "a apreensão do real é um sonho".
Sempre vivemos, de certa forma, em Matrix. Sempre vivemos sob a ótica de uma versão (ou versões) dominante. E essa impossibilidade, que aflige com certeza, não é algo que possamos resolver.
.....................................
Quanto às bibliotecas não entendi muito bem onde você ficou Por um lado você não acredita que isto vá acontecer, mas por outro você diz que "o mundo se transforma mesmo. Querer que as coisas fiquem estagnadas é um desejo absurdo".

Abraços.

11:03 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Ei, que legal, estavamos dialogando on-line, hehehe. Isso deixou de ser um blog e virou um chat.
Que máximo!!!

11:05 AM  
Anonymous Anônimo disse...

outra questão abordada e que me assusta muito é esse coisa de estarmos sendo constantemente observados.
estamos num grande Big Brother!!!
os programas de busca via satélite estão aí!

5:29 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Carlos, concordo eu tudo o que você disse. De fato, tudo é questão de ponto de vista. Mas não fique angustiado, todos estamos no mesmo barco.
Talvez o que eu tenha dito tenha um pouco de contradição mesmo. Mas eu acho que, pelo menos por um longo tempo, o material impresso em folhas de papéis (livros, para ser mais específico) ainda não foi substituído de todo pelo papel virtual. Acredito que não será, mas pode acontecer sim. Eu Disse, no momento, que achar que isso é um fim inexorável é construir um castelo nas nuvens.

6:44 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Essa de estar sendo observado, é interessante. No Fantástico, todo mundo viu aquela estória de leitura labial. Parece que a verdade está sendo buscada a todo custo. Todas as versões possíveis estão sendo levadas em conta.
Se é um grande Big-Brother, isso eu não sei...Mas acho que estou fora disso. Quem vai querer saber o que penso?

6:47 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Aproveitando o gancho: não sei se vocês acompanharam a estória da babá que sentava a mão na criança que ela era paga pra tomar conta, e os pais usaram uma câmera de video para flagrar a tarada batendo na criança. Pois bem, agora virou mania os pais terem em casa câmeras ligadas aos micros, que ficam conectados direto a internet, e os pais vigiam as crianças do trabalho. Deprimente...

11:15 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Aproveitando o gancho: não sei se vocês acompanharam a estória da babá que sentava a mão na criança que ela era paga pra tomar conta, e os pais usaram uma câmera de video para flagrar a tarada batendo na criança. Pois bem, agora virou mania os pais terem em casa câmeras ligadas aos micros, que ficam conectados direto a internet, e os pais vigiam as crianças do trabalho. Deprimente...

11:16 PM  
Anonymous Anônimo disse...

O Jânsen! Você provocou, agora vai ter que ir adiante: Eu quero saber o que você pensa!

11:17 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Jansen, eu estou aqui porque quero saber o que vc pensa, ora!
rsrs
Tu deixa de bobeira, hein mermão!
Mas é sério, cara, fico angustiado com esses Google Earth's da vida!

8:02 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Interessante é o texto escrito! Se ele não se completar por ele mesmo, abre margem a muitas outras interpretações.
Quando quis dizer que ninguém quer saber o que penso, quis dizer do mundo, em geral.
O que penso é o que está sendo dito aqui. Mas só poucas pessoas querem saber o que penso, aliás, o que pensamos. Se não, se estivessemos sendo vigiados, já teríamos milhões de comentários...
hehehehe!!!
De fato, ficar vigiando os filhos pela internet é o cúmulo do absurdo. Se eu fosse uma criança hoje, sendo vigiada, quando eu crescesse e disso soubesse, morreria de vergonha...

10:35 AM  
Anonymous Anônimo disse...

rsrsrsrsrs
vc é otimo, Jânsen!
Mas que estão sendo observados, de algum modo estamos, senão porque tanta tecnologia para "encontrar", "rastrear" outrem???
talvez seja esta "observação", que nos faz atuar na vida com diferentes máscaras.

11:16 AM  
Anonymous Anônimo disse...

...

1:11 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Puxa Leo, pensei que tinha gostado do Google Earth...
Ele é o bom uso de uma idéia que, por outro lado, originou uma coisa negativa (os satélites espiões).
A guilhotina corta cabeças mas também faz o acabamento de livros. E por aí vai.
Tudo na vida são facas de dois gumes.
Abçs

7:36 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Carlos, é claro que gostei, por todos os motivos explicados por vc e além.
mas os tais satélites espiões me assustam.

7:52 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Jânsen, é provável que esssa criança cresça com valores completamente diferentes dos que nos foram "administrados", por conta que a realidade de hoje também está ficando distante da que vivemos em nossa infância (a minha então mais ainda pois sou mais velho).
Quando ficar adulto, possivelmente, esse sujeito terá orgulho e se sentirá emocionalmente completo por ter tido pais que fizeram isso quando ele era criança, tal como os filhos da minha geração que foram criados sob a vigilância de mães donas-de-casa.
Hoje, com pais e mães trabalhando fora, as crianças crescem com esse buraco emocional de ausência.
Eu mandei um artigo pro Leo, não sei se ele te passou, em que um psicanalista lembra que algumas situações objetivas que se apresentam hoje já não se encaixam na definições tradicionais. Ele se refere especificamente ao sexo virtual, outro "valor" do presente que não pode ser interpretado/analisado sob a ótica de paradigmas criados em outras épocas.
Na verdade, há toda uma nova ética precisando ser criada em função de mudanças bruscas, originadas tanto pela própria tecnologia, como pelos seus reflexos imprevistos no comportamento dos seres humanos.

7:55 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Quanto às máscaras, lembrei do verso do Álvaro de Campos: "Quando quis tirar a máscara estava apegada a cara".
Quantas vezes nós até queremos "ser nós" de verdade, mas o sistema não permite?
Cada vez mais acredito naquela história de que não há mais originalidade depois de Adão. hehe
Tô brincando, mas sei lá!

(O sistema? aiai, já tô eu novamente impressionado com essa tal de "teoria da conspiração")

7:56 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Quanto às máscaras, é verdade, depois de Adão, nada mais é original cem por cento. Às vezes me pego imitando alguém, sei lá, de um filme. Quem nunca andou no meio da multidão se achando o tal e não se sentiu como John Travolta em "Os embalos de sábado à noite"? Eu já.
Quanto a esse negócio de teoria da conspiração, um dia eu pensei que de fato houvesse. Mas hoje tenho certeza que não, a não ser que essa conspiração seja do proprio Deus, pois ele é onisciente e onipresente (segundo as religiões).

8:18 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Jansen, li, certa vez, que "quando desejamos muito uma coisa, todo o universo conspira para que isso se realize". Seja lá por quem ou o que for, acho que estamos sendo teleguiados há tempos, talvez, desde o princípio.
Quanto a "Os embalos de sábado à noite", aiai, sem comentários... sempre me influencio, aliás já me disseram que sou muito influenciado, na verdade não sei o quanto, talvez se deva a eu ser extremamente passional.
xiiii, esse comentário já virou análise...

11:08 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Sílvia?
...
???

11:09 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Agora fico pensando, no início das chamadas "revoluções tecnológica", todos se alarmaram que o Homem estava cada vez mais isolado e indiviualista.
Mas parece que está havendo um efeito contrário, não?
Há cada vez mais sites de relacionamentos.
Eu mesmo, através do Orkut, encontrei amigos da época do colégio, que nunca imaginei reencontrar.
a natureza sempre dá um jeito de per-durar...

11:15 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Finalmente, estou livre! \o/
Gostei de ver como os comentários foram surgindo e levando a outros assuntos. A idéia do blog, como disse Jânsen, é transitar.
Peguei algumas idéias daqui e coloquei no meu texto, disfarçadamente. Seguirei comentando nele, ok?
Abraços em cada um!

5:22 PM  

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