TRANSITAR

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domingo, junho 18, 2006

FÉ CEGA, FACA AMOLADA

Bom... chegou a minha vez de colocar algum tema em discussão. E vai ser a primeira vez que escrevo para me submeter a comentários de pessoas que conheço... (aiaiai...)
Antes de escrever, decidi reler tudo que foi dito por aqui nessas últimas três semanas. Percebi que falamos sobre muitas coisas, todas elas presentes em nosso dia-a-dia. Razão e emoção. Tudo ao mesmo tempo, apesar de cada post comentar algo separadamente.
Fiquei pensando o que faltava, se é que faltava alguma coisa. Decidi ir por uma linha em que sou extremamente curiosa, e na qual não tenho, nem quero ter, qualquer opinião fechada.
Estou falando sobre espiritualidade.
Em tempo: Sempre fui curiosa, e desde criança inventava o meu próprio movimento nessa área. De família essencialmente católica, freqüentei cultos evangélicos, reuniões espíritas, estudei astrologia, pratiquei yoga e meditação budista. Essa minha necessidade de movimento me expulsou de tudo. Mas carrego comigo cada uma dessas experiências, e cada uma forma hoje um pedaço da minha compreensão da espiritualidade.
Sou fã declarada de pessoas que apresentam uma relação mais espiritual com o mundo. Mas não estou falando de religiosidade, que entendo como essa fé cega e sem questionamentos que comumente é encontrada por aí. O estímulo à obediência cega a preceitos, ou dogmas, me soa como uma manipulação do ser humano. Como já disse antes, acho que todos temos capacidade de pensarmos livremente, sem precisar de citações. Leituras e pregações são necessárias para o amadurecimento, mas não podem impedir, ou melhor, enrijecer, o fluxo natural do pensamento.
Os dogmas religiosos, em geral, colocam o plano divino como algo muito distante e superior ao que vivenciamos. Dão respostas para tudo, inibem que as pessoas façam perguntas, como se perguntar fosse um pecado. As coisas se tornam tão previsíveis que parece que a vida só vale a pena porque existe a morte.
As pessoas que relatam ter passado por alguma experiência divina, ou mística, sempre comentam sobre momentos de arrebatamento, de iluminação, de saída do “plano terreno” para o “plano divino”. Essa sensação, pelo que vi, pode ser fruto de muita oração, de mantras, ou até do uso de drogas. Quando escuto essas histórias, fico me perguntando: Será que estar (ou sentir-se) ausente do que acontece por aqui é um presente de Deus?
Penso que a questão espiritual pode ser muito mais vinculada ao humano. O plano divino unido ao plano terreno. O místico/divino tem cheiro de gente.
Enfim, me parece que a espiritualidade ganha força quando se une ao cotidiano, quando sai do ritualístico e dogmático. O mundo não pára, e o espírito também não. E esse movimento é infinito e imprevisível.

23 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Toc, toc, toc... Ô de casa. Tem alguém aí? Posso entrar?

Gostaria de colocar algo aqui. Acho que este texto é da Silva, me corrijam se eu estiver errado.

Bom, o tema é interessante e rende discussões. Creio que até os céticos tem algum tipo de espiritualidade. É um pouco difícil viver nesse mundo sem acreditar em nada, pois até quem não acredita em nada, desta forma, já acredita em alguma coisa. O que percebo é que cada vez mais vejo pessoas que tem “uma relação mais espiritual com o mundo” independente de religiões. Após séculos de dominação religiosa muita gente tem optado por esse caminho, embora seja uma minoria. Já nascemos com religião e toda uma gama de valores e moral definida que nos vem sendo passado por nossos ancestrais, alguns se apegam a esses valores e outros, mais curiosos, vão mais além. Creio que estes só encontram mais interrogações no meio do caminho, diferente daqueles que encontraram uma exclamação tão grande que lhes impedem de ver o que mais há no mundo. Só sei que prefiro estar nesse movimento infinito e imprevisível.


Abraços.

3:16 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Outra coisa:

Que tal vocês assinarem o texto no final? Ou a proposta não é essa?

abrços.

3:18 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Fabiano: O texto é meu mesmo... Não sei se seria interessante assinar. Acho que pouco a pouco quem for lendo vai perceber de quem é cada um deles. Ou se não souber, vem pros comentários e descobre, pq a idéia é que os outros dois comentem o texto da semana.
Sobre teu comentário: Não sei até que ponto se dizer "mais espiritual" não está na moda. Até no orkut tem uma opção. Acho que temos que tomar cuidado com os discursos e observar bem os comportamentos e atitudes pra descobrir quem é dessa tribo de verdade. (Ou não?)
Um abraço!

10:22 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Ai, ai...
tema difícil esse. Silvia, como todos nós sabemos, com uma capacidade incrível de semear (boas) discussões e de selecionar dados. E o texto está maravilhoso.
Olha, nunca fui de religiões. Minha família nunca foi disso. Mas cada um aqui em casa tem a sua.
Já fui tudo e nunca fui nada. Já discuti muito religião e sei que isso - o ato de discutir com os outros - também não leva a nada. Prefiro a posição de Silvia, que é a de cada um buscar a "sua verdade" - nossa, que profundo!.
Ultimamente tenho frequentado missas, não com a intenção de ser católico, vou por ser uma atividade social, e para estar em contato com o ato de pensar na religiosidade. Vejo as pessoas participando da missa com frases feitas, mas não julgo mais ninguém, pois acho que até a religião católica, ou qualquer outra, é válida quando se tem a finalidade de buscar uma espiritualidade. Cada qual tem a sua maneira de ver as coisas - apesar de discordar muito com muita coisa - entendo e tento não mais discutir. Só tenho uma pontinha de raiva quando alguém me vem falar de alguma crença como sendo ela uma verdade certa e comprovada.

10:22 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Comentários grandes são chatos, por isso colquei o que queria dizer em dois.
Duvido de tudo. Não tive experiências transcendentais, e provavelmente não as terei. Imagino sobre a morte, não só a minha, mas das pessoas com quem convivo, das que já se foram e das que um dia irão. Tenho medo, por mim e pelos outros. E esse sentimento, as vezes, não quero ter, por isso há muito deixei de pensar sobre essas coisas.

10:29 AM  
Anonymous Anônimo disse...

aiai
Dizem que futebol, política e religião não se discutem, mas como a rainha mandou e o trio eletro-sol não segue convenções...
Bem, como já falei noutra ocasião, tenho formação católica, mas com minha chegada a Jampa tive minhas experiências com as religiões e com a espiritualidade interior ampliadas.
Hoje acredito em tudo e desconfio de tudo. Mas, sem dúvida a filosofia que melhor responde às minhas questões do momento é a Espírita, com seus estudos sobre reencarnação, a Budista também. Acendo velas, queimo incenso, intuo mantras... basta ter vontade, basta achar necessário. Acredito que me aproximando daquilo que a rainha Sílvia chamou de ter vivência espiritual, mas sem ligar-se a nenhuma religião específica. Faço isso buscando entender os porquês internos e externos que me levam a faze-lo.
A canção “Fé cega, faca amolada”, de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, tematiza exatamente essa idéia de “caminhar e seguir” sem questionar, de maneira “cega”, para alguns, natural.
Temos, no momento atual, uma multiplicação de ritos, religiões... quase que numa fragmentação de Deus, afinal o contexto é neobarroco, mas o que é Deus? Acredito que estamos muito, mais muito longe de esclarecer tal enigma. Consciência primeira, causa de tudo, os atributos para Deus são inúmeros e eu acredito em todos eles, mas receio que nenhum o defina completamente.
Riobaldo, personagem impar, em “Grande Sertão: Veredas”, lança: “diabo-solto-no-meio-do-redemoinho”, acrescento, com toda licença, “deus-solto-no-meio-do-redemoinho”. Tudo-junto-ponto-com!
E só pra terminar, mas sem finalizar, recorro a Gregório de Matos, para afirmar que Deus só o é, porque há as ovelhas para glorificá-lo. E viva a diversidade!!!

11:33 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Quanto ao oposto Vida X Morte, êita, minha rainha, minha rainha...
Parece que não “haveria luz se não fosse a escuridão”; dia sem noite; não sem sim... Mas acredito que há qualquer coisa de intermédio, algo que escapa sempre. Abro parêntese para relembrar-me de que quando havia o programa “Você Decide”, exibido pela Rede Globo, eu sempre pensava “Poxa, poderia existir o talvez, quem sabe, depende...” parece coisa de maluco (RSRSRS). Mas limitar nunca foi meu forte, gosto dos exageros, seja no excesso, seja na ausência. Gosto de TRANSITAR sem fixar.
Somos o resultado de tudo, e essa visão humanizada de Deus, que minha rainha deixa transparecer, se não estou enganado, ao final de seu texto, é sem dúvida algo assustadoramente belo e, acredito, cada vez mais experienciado, seja de que forma for.
Somos um país antropofágico, com uma experiências religiosas múltiplas e fundamentais às nossas dúvidas e certezas (RSRS).
Há muita coisa ainda por dizer, afinal essas questões nos inquietam enquanto Seres Humanos, essências e centelhas divinas! O que me entristece é ver tanta gente sendo enganadas e lesadas em suas fé, humildade e ignorância, por falsos profetas.

11:35 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Eita...
E eu que pensei que ia escapar ilesa de comentários... hehehehe
Escolhi o assunto (além de tudo que já disse no texto) pq sabia que era algo que interessava aos dois outros vértices do triângulo que escreve por aqui (E vamos parar dessa conversa de rainha. Se continuar, vou arrumar outra mulher pra colocar no grupo, viu? hehehehe)
Pelo que pude ver dos comentários (que li rapidamente, depois vou voltar com mais cuidado) estamos os três (com Fabiano, 4), buscando uma mesma coisa: entender o que somos, buscando para isso um pouco de espiritualidade. E para essa "caminhada" estamos cheios de perguntas, e não de respostas. Prefiro que continuemos assim... :)
Também me chateio com pessoas que me vêm com uma mentalidade fechada e idéias fixas com relação à religião e comportamento, como Jânsen falou. Me incomodo muito com isso, e muitas vezes tenho que domar minha verborragia pra não ser agressiva. Sei que isso é um defeito meu, e grave. Mas como não se irritar com a cegueira voluntária? Fico boba como as pessoas abrem mão da própria liberdade (estou falando sobre o pensamento, e não do comportamento) e ficam tranqüilas (normalizadas) com idéias impostas por outras pessoas com relação à espiritualidade.
E sobre a dicotomia vida/morte... essas duas palavras vieram pq estava pensando em como a Igreja Católica prega que seremos redimidos após a morte. Desse modo, qual seria a razão de estar vivo? Um castigo?
Vou deixando essa discussão por aqui... e com perguntas sem respostas... hehehe
Abraços!

12:24 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Escapar ilesa? logo you?
aiai
Sílvia, acredito que esta idéia difundida, principalmente pela Igreja Católica, haja vista o período medieval, e acredito que aquela repressão toda ainda determina muitas das nossas atitudes e personalidades, de que so há salvação através da dor, espelhando-se erradamente na imagem de Jesus, agride a nossa constituição de Ser Humano.
Tudo é pecado e consequentemente, tudo é castigo! a começar com essa estória do "pecado original". Até hoje pagamos por Adão ter descoberto o prazer?!...
aiai

11:42 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Silvia...
Concordo até certo ponto com você. Acredito que essa estória de "mais espiritual" possa até está em moda, mas só pelo fato de alguém dizer que é "mais espiritual" do que outra coisa já revela que ela começou a repensar a sua condição religiosa e atualmente se assume dessa forma. Mesmo que seja por fazer parte de uma “tribo” que se identifique assim ou qualquer outra coisa... Acredito que os embates e discussões surgirão para essa pessoa e isso meio que a forçará a ter uma opinião mais concreta para esse assunto tão abstrato e se ela não sustentar a pisada (como diz Cátia de França) o assunto ficará apenas como uma moda passageira.

3:37 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Assino embaixo, Fabiano. O comentário foi só pra provocar...

Leo... suspeito que ainda não saímos da Idade Média em muitos aspectos, viu? Eu, por exemplo, sou barroca.

Abraços!

4:17 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Concordo Sílvia.
Tenho tanto medo tambem desta multiplicação de religiões, pois, segundo vi em alguns destes programas religiosos que só pedem dinheiro na TV, a idéia é "Eu estou salvo porque me 'revoltei' contra o mundo e agora sou 'filho de Deus', o resto é 'criatura do mundo'. Fico com pena dos que seguem esta visão egocêntrica que foge ao princípio da aceitação da diversidade.
UIA, sou neo-neon-barroco!
rsrs

4:31 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Uma vez discuti com minha mãe sobre religião. Na verdade sempre discuto com ela sobre, mas quero dizer só de uma única vez. Discutir aqui fica sinônimo de brigar, ou quase.
Ela é espírita. Eu não sou nada. Questionei tanto os pilares do espiritismo, que ficamos sem nos falar por uns dias. Depois fiquei pensando: será que eu tenho o direito de pôr a dúvida em suas convicções? Que direito tenho eu de intervir nas crenças dos outros? E se alguém, como minha mãe, fundamenta sua vida nestas convicções? Tenho eu esse direito de destruir tais convicções? E eu sou dono da verdade?
Por isso não questiono mais nenhuma religião, nenhuma crença. Acredito que a verdade é aquela com a qual cada um se sente bem. Talvez isso seja se isentar de promover o crescimento das pessoas, mas prefero não mais questionar.

10:04 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Jânsen... fiquei pensando sobre esse teu medo de se "isentar de promover o crescimento das pessoas"... Eu já passei por isso. Hoje prefiro agir (tentando) não agredir. Como vc disse, como não tenho convicção de nada, posso destruir alguém que tenha se começar a questionar. Eu espero que a pessoa abra espaço de discussão comigo, e entro quando sinto que posso. Se não posso, não falo. Tem que ver o grau de maturidade de quem é o nosso interlocutor.

E mais, acho que ninguém pode promover o crescimento das pessoas... muito menos dando novos modelos a seguir... cada um tem o seu, e ele é criado com a própria experiência da vida (não existe certo nem errado, acho que existe sim é a coerência, e isso já é muito).

Lembrei que esse questionamento é feito em dois filmes "Matrix", onde revelar o 'segredo' mostra a realidade, que é dura, mas que permite liberdade, e "O código da Vinci" quando a descendente de Jesus é perguntada se ela vai destruir a fé, contando a verdade, ou se vai agir (inteligentemente e conscientemente) para reformar a própria Igreja...

10:27 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Jânsen, entendi o que voce quis dizer quando disse: "eu não sou nada", mas e pois saiba que voce é muito, cara!
"O mito é o nada que é tudo"

9:15 AM  
Anonymous Anônimo disse...

falar de espiritualidade é brabo... mil conflitos barrocos na cabeça!

-"Hoje sei quem sou
sertanejo cristão dos bom
Saí de Sousa pra estudar
terminei por encontrar
aquele que me fez"
(músiquinha que compus quando era membro de uma igreja cristã"

A primeira carta de joão no novo testamento, foi o primeiro texto que li na vida com entrega total. Minha primeira leitura de vera-vera. Eu li essa carta sete vezes seguida de uma botada só. Cheguei a reescrevê-la todinha com minhas palavras. já imaginou!?

Também nunca vou esquecer da emoção quando li a segunda carta de Paulo à Timóteo.-Eu VIVENCIEI aquelas palavras de despedida... me sentindo o próprio Timóteo, chorando e soluçando sozinho trancafiado no quarto ...
portanto, não tenho dúvidas da força que estes textos exerceram sobre mim e também não tenho a menor dúvida de quão pode ser profundo a experiência religiosa de uma pessoa. Essa vivência de ligação(não importa com qual seja a divindade) não promove ninguém a ser mais iluminado ou mais arrogantemente humilde do que os outros. Mas, sem dúvida, estabelece algumas certezas interiores individuais. Não é somente emotivo, mas também existencial e material.

Quando Mirceia eliade diz que esse homem(mitológico/espiritual) consegue retornar por meios ritualísticos a contemporaneidade de sua divindade, ele esclarece o que ocorre. é bem isso. Mas a gente que está de fora vendo um ritual, seja lá de que religião seja, podemos achar todos uns idiotas...puts... pra quê aquelas galinhas pretas na encruzilhada. Pra quê aquele monte de gente chorando de joelhos num culto de uma igreja pentecostal ou com que necessidade uma freira se refugia num claustro pra rezar?.
Imagine o europeu diante das nossas pagelanças indígenas!

A questão é que existe varias formas de encarar a vida e eu não quero me aproximar de índios falando hebraico. Eu prefiro me despir, aprender tupi, respeitar o ritmo de vida do outro e apresentar meu deus à tupã.

1:20 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Putz!
Roncalli, meu véiu, voce foi F... em seu comentário!
Parabéns!

12:19 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Este comentário foi removido por um administrador do blog.

12:57 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Como Roncalli disse, muitos vivem/experimentam os rituais de maneira inteira, consciente. Quem está consciente cria seu próprio ritual, ou sua própria maneira de estar neles. E quem está de fora, dificilmente, conseguiria entender alguma coisa.

O problema que encontro nos rituais (pré-fabricados) é a facilidade de manipulação. Se pode facilmente levar alguém que está frágil a acreditar que viveu uma experiência mística/mágica, quando na verdade alguém está se aproveitando da situação pra ganhar dinheiro. E isso acontece em todo canto, em todas as religiões.

Volto à minha idéia fixa, que é quase um mantra: falta educação e conscientização.

2:07 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Além de conscientizar é preciso direcionar.

10:59 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Não sei, Léo.
Direcionar já dá um rumo. E isso deveria ser escolhido individualmente. Lembra do "livre-arbítrio"?
Ter consciência implica em perceber o outro, e não em ter uma direção. Pelo menos na minha louca cabeça verborrágica...

12:55 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Sílvia, quando escrevi pensei nestas religiões que incentivam a "revolta" das pessoas, em relação a vida que elas levam. Tudo bem, a pessoa se "revolta", desperta pra nossas consciências e verdades, mas e aí? O que fazer depois, se o contexto socio-político-cultural continua o mesmo?
Volto a dizer: Além de conscientizar uma determinada população, é preciso dar direções para o futuro.

3:42 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Léo, acho que estamos dizendo a mesma coisa, mas estamos falando a partir de conceitos diferentes de consciência.
Para mim, além de possibilitar um entendimento das coisas, a consciência possibilita também saber onde cada um tem que estar. Então tem inserido também ação e, portanto, direcionamento.
Eu (em minha mente delirante) penso que, se por cada um reconhece sua própria identidade, isso acarretaria também o reconhecimento da identidade do povo ao qual cada um faz parte, e o reconhecimento do que se tem que fazer para preservar tais características.
Acho que estou a tempo demais na universidade. Preciso cair no dia-a-dia pra reconhecer melhor as possibilidades dessa minha idéia.... hehehehehe

PS. Não gosto da palavra "direcionamento". É como se outra pessoa definisse para alguém (ou para um grupo) o que tem que fazer para ser ele mesmo.

9:10 AM  

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